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Por Júlia Teruel
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A próxima fase digital promete dar às pessoas usuárias mais controle sobre seus dados e sua experiência na internet.
Mas antes de começarmos, é importante entender os conceitos da Web 1.0, 2.0 e a próxima fase, 3.0:
• A Web 1.0 surgiu na década de 1990 e era uma internet estática, em que usuários(as) apenas consumiam conteúdo;
• A Web 2.0 nasceu na década de 2000, permitindo que usuários(as) criassem, interagissem e compartilhassem diversos conteúdos.
• A Web 3.0 se baseia nos conceitos de descentralização, inteligência artificial, realidade virtual e privacidade para maior segurança de dados.
A Web 2.0 é a fase da internet que vivemos atualmente, mas com a constante evolução digital e a iminente chegada da Web 3.0, aprenderemos uma nova forma de vida online!
Neste artigo, abordaremos os impactos dessas mudanças. Vamos lá?
A ineficiência da Web 2.0
A Web 2.0 é marcada pela democratização da produção de conteúdo, através do surgimento de blogs e redes sociais.
Esse modelo também facilita o acesso às contas digitais, pois os usuários(as) memorizam seus e-mails, salvam senhas automaticamente ou usam logins via redes sociais. No entanto, essa última prática apresenta um grave problema: a falta de transparência com os dados, que pode levar a falhas de segurança e privacidade.
Mas por que isso acontece?
Porque as redes sociais monetizam seus serviços coletando dados pessoais, como o comportamento de consumo de cada usuário(a), para mostrar anúncios relevantes.
E nessa ineficiência da Web 2.0 é que a Web 3.0 vai chegar para ser o oposto disso.
No modelo 2.0, a maioria das redes sociais são controladas por uma entidade central controladora, que são empresas que têm controle sobre os dados dos(as) usuários(as), o conteúdo da plataforma e a maneira como a plataforma é operada.
As mudanças que serão realizadas pela Web 3.0
Abaixo listamos todas as mudanças que serão realizadas com a iminente chegada da Web 3.0:
• Descentralização: ela permitirá que as redes sociais operem sem uma entidade central controladora e isso trará mais transparência e controle dos usuários sobre seus dados;
• Transparência: a Web 3.0 facilitará às pessoas usuárias a verificação de autenticidade das informações e de criadores(as) de conteúdo;
• Controle: criadores(as) de conteúdo terão domínio de como o seu conteúdo é monetizado, utilizando tecnologias como blockchain e criptomoedas para criar seus próprios sistemas de monetização;
• Segurança: a integração de contratos inteligentes permitirá transações mais seguras e automatizadas, otimizando, por exemplo, o comércio eletrônico e a monetização de conteúdo.
Contratos inteligentes são programas de computador executados automaticamente, escritos em linguagem de programação e armazenados em uma blockchain, que é uma rede de computadores descentralizada.
Grandes empresas digitais precisarão se adaptar à nova realidade e repensar suas estratégias de monetização, pois não poderão mais coletar dados de usuários sem o consentimento deles.
A descentralização desses dados pode resultar em melhores práticas de privacidade e segurança.
Principais vantagens da mudança para a Web 3.0
Abaixo trazemos as principais vantagens da mudança para a Web 3.0:
• Facilitar a criação colaborativa, onde usuários(as) podem cooperar de maneira descentralizada para criar e gerenciar conteúdos;
• Promover o uso de identidades digitais soberanas, onde usuários(as) têm controle total sobre suas identidades online, sem depender de terceiros;
• Trazer inovações no espaço publicitário, permitindo modelos de publicidade mais justos e transparentes, onde usuários(as) têm mais controle sobre os anúncios que visualizam;
• Facilitar a criação de comunidades autogovernadas, onde membros(as) da comunidade têm um papel mais ativo na governança e na tomada de decisões;
• Redes sociais podem oferecer maior interoperabilidade, permitindo que usuários(as) interajam entre diferentes plataformas sem atritos.
Os impactos para o universo da tecnologia
A Web 3.0, em geral, promoverá a construção de informação conjunta entre humanos e máquinas, gerando impactos na área de TI, sendo os principais:
• A busca por profissionais com capacidade de operar em sistemas híbridos homem-máquina;
• A necessidade de analisar novas formas de trabalhar com dados, já que a arquitetura da web será remodelada.
E como vamos perceber a troca do modelo 2.0 para o 3.0?
Quando nossos logins passarem a ser através de conexão com as Wallets, que é um processo de autenticação que utiliza uma carteira digital para confirmar a identidade do(a) usuário(a). Essas aplicações armazenam chaves criptográficas, que são usadas para assinar transações na blockchain.
A Web 3.0 tem o potencial de revolucionar a forma como usamos a internet, tornando-a mais segura, privada e controlada pelos(as) usuários(as).
É difícil dizer com certeza quando o modelo 3.0 vai começar a operar. No entanto, já está em desenvolvimento e irá se popularizar nos próximos anos.
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♦ Esse artigo foi escrito com a colaboração do #FourTalent Cristiano Valverde, head de Web3 & Digital Assets da Foursys ♦
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